Não é com orgulho que eu revelo esses fatos sobre mim mesma, mas é assim que sempre foi.
(GILBERT, p.73-74, Ed. Objetiva)
Não é com orgulho que eu revelo esses fatos sobre mim mesma, mas é assim que sempre foi.
(GILBERT, p.73-74, Ed. Objetiva)
Querido Deus, a única coisa que peço à você é
Que cuide dela enquanto eu não estiver por perto
Quando eu estiver muito distante
Todos nós precisamos dessa pessoa que pode ser verdadeira com você
Mas eu a deixei quando a encontrei
E agora eu desejo ter ficado
Pois eu estou solitário e estou cançado
Estou sentindo sua falta denovo
Mais uma vez..
Não importa quanto tempo já se passou: eu sou a mesma, o amor é o mesmo, e a esperança (...)
- Se no meio de todas essas pessoas houver apenas uma que se surpreenda com a vida a cada instante e tenha a sensação, toda vez que isso acontece, de estar diante de algo fabuloso e enigmático... – Respirou fundo e prosseguiu: - Voce esta vendo um monte de gente lá embaixo, não está, Hans - Thomas? Pois bem... se apenas uma delas experimentar a vida como uma aventura fantástica... e se ele ou ela experimentar a sensação todos os dias...
- Sim? – perguntei ansioso, pois pela segunda vez ele não tinha completado o que queria dizer.
- Ele ou ela será um curinga no baralho. "
O dia do curinga.
Antes de tudo, seja engraçado; me faça abrir vários sorrisos, diga tudo o que vier em sua mente, quem liga para nexo? Envie tudo o que escrever. Falando em escrever, escreva cartas, gosto de colocá-las na minha parede. Deixe bilhetes em meu bolso, deixe bombons escondidos no meu quarto. Encha meu quarto de flores. Mande uma cesta de café da manhã. Apareça sem ser chamado. Abra a porta do carro, também deixe eu dirigir seu carro de vez em quando. Não grite comigo, sei revidar muito bem. Diga que me ame, mas tente não usar apenas as palavras. Olhe nos meus olhos sempre. Beije a ponta do meu nariz, minha testa, meus olhos. Me abrace pela cintura e sempre (eu disse sempre) segure minhas mãos. Me faça sentir surpreendida. Mande mensagens de madrugada, mas por favor saiba desgrudar… Nem seja meloso e melodramático. Avise-me com cuidado quando eu estiver sendo. Tenha cuidado também durante minha tpm. Gosto de sentir saudades, o abraço fica melhor. Goste de aventuras, goste de filmes românticos, traga cobertores e cafés para casa e me peça para fazer brigadeiro. Deite para olhar as estrelas ao meu lado. Nos fotografe sempre. Me faça cócegas, me aperte. Não brigue comigo e nem me julgue. Sempre tentarei fazê-lo sorrir também, gosto de dar socos, xingar e morder. Gostaria de ser alguém mordível também. Ah, são xingamentos carinhosos – mas não é bom ser frequente. Quando eu chorar e pedir para me deixar sozinha, me deixe, vá embora… Lembre-se que ser contrariada é bom, então volte para me abraçar quando eu estiver chorando, ok? Não duvide do que eu digo, a não ser que o contexto seja brincadeiras. Também tenha as suas próprias opiniões, não as mude por mim, não quero clones. Goste de rock, me mande músicas, tenha nossas músicas. Seja caseiro, goste de ficar em casa. Mexa no meu cabelo quando estiver dormindo, deixe-me dormir em seu colo. Nunca aperte minha barriga. Me acorde de maneiras diferentes. Eu acordo de mal-humor, deixe-me sempre escovar os dentes antes. Diga que gosta dos meus defeitos, tente ser verdadeiro. Sou orgulhosa, me convença a não ser. Não pague as contas para mim. Me dê flores, jamais em público. Se formos viajar, pare o carro no meio da estrada, apenas para fotografar ou qualquer outra coisa. Cante. Termine sempre a ligação com “eu te amo” e a noite com “bons sonhos”. Faça-me acordar com bilhetes em cima do criado-mudo ou faça-me procurar por eles. Saiba ser infantil, saiba ser maduro. Enxugue minhas lágrimas, jamais me faça derramá-las. Quando eu perguntar quem é aquela garota, bem, entenda isso como um grande alerta vermelho: não demonstro ciúmes abertamente, mas pergunte os motivos quando eu mudar o tom de voz. Seja simpático. Apóie meus sonhos, construa sonhos comigo. Pense nos nomes de nossos filhos, pretendo ter muitos correndo pela casa. Quando eu erguer sua mão até minha cintura, jamais volte a baixá-la. Selinhos demorados são meus preferidos, tanto quanto aqueles no canto da boca. Escreva muito, e bem, deixe-me ler… Isso me encanta. Segure meu rosto com as duas mãos. Não tenha frescuras a respeito de arrotos e outras porquices. Revele nossas fotografias e as deixe em algum lugar. Não seja possessivo, não sou sua propriedade. Sejamos sempre sinceros. Gosto de algumas discussões apenas pelo gosto de fazer as pazes. Elogie minhas roupas e cabelo, nem faço questão que repare em quando fiz a sobrancelha. Me leve com você quando for comprar roupas, aceite minhas sugestões ao vestir-se. Não critique meus sapatos, nem esmaltes. Goste de cães. Tenha um cheiro que me vicie. Não fume, gosto de cheiro de perfume. Tente não beber muito, gosto de hálito de melancia, por favor. Deixe-me deixar em seu peito, me abrace pelo pescoço. Me leve para programas infantis de vez em quando. Surpreenda mesmo assim. Não converse com as garotas que não gostam de mim. Use óculos. Deixe o cabelo a lá “acabei de acordar”, é o melhor estilo. Uma barba mal-feita de vez em quando é ótimo. Não faça promessas, mas as cumpra com atitudes. Seja fiel. Seja meu vício. Seja viciado em mim. Goste de Beatles. Me chame de little. Goste de minha família. Não seja sarcástico, mas ironias são bem vindas. Nas discussões, concilie brincadeiras com seriedade. Brinque. Ria. Aperte minhas bochechas. Entenda meus pequenos e idiotas problemas. Me conte os seus. Seja meu melhor amigo. Me faça te entender. Converse, filosofe. Me faça sentir importante e suficiente.
É isso, parece tanto, mas não é difícil. Não mesmo.
PS: Se nada disso funcionar… Experimente me amar.
"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo.
Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação.
Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.
A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão. "
Quando ele acenou para o garçom e pediu a conta, perguntei:
- Pai, você acredita em Deus?
Ele se surpreendeu com minha pergunta.
- Você não acha um pouco pesado falar sobre essas coisas a essa hora do dia? - retrucou.
(...)
- Se realmente existe um Deus - continuei -, então ele adora ficar brincando de esconde-esconde com suas criações.
Meu pai riu da minha observação, mas eu sabia que concordava comigo.
- Talvez ele tenha tido um choque quando viu o que tinha criado - disse ele. - E então saiu rapidinho de cena. Você sabe... é difícil dizer quem levou o susto maior, se foi Adão ou o Mestre. De fato, acho que um ato de criação dessa magnitude provoca um susto tão grande tanto numa parte como na outra. Mas acho que pelo menos poderia ter assinado rapidamente sua obra-prima.
- Assinado?
- Sim. Ele poderia ter gravado seu nome nas rochas de uma montanha, por exemplo.
- Quer dizer que você acredita em Deus?
- Não disse isso. Pode muito bem ser que ele esteja sentado em seu trono lá no céu, rindo de nós porque não acreditamos nele.
'Exatamente!' pensei. Meu pai já tinha feito um comentário parecido com esse lá em Hamburgo
E então ele prosseguiu:
- Pois mesmo que ele não tenha deixado nenhum cartão de visita, pelo menos deixou o mundo. Acho que isso já é o bastante, você não acha? - Ficou calado por um tempo e depois disse: - Certa vez um cosmonauta russo e um neurocirurgião, também russo, discutiam sobre o cristianismo. O neurocirurgião era cristão, o cosmonauta não era. 'Já viajei muitas vezes para o espaço sideral' gabou-se o cosmonauta, 'mas nunca vi nenhum anjo.' O neurocirurgião primeiro ficou olhando para ele; depois disse: 'Eu já operei muitos cérebros inteligentes, mas nunca vi um pensamento'.
(...)"